quinta-feira, 5 de maio de 2011

Entrevista com Serpent Rise

Entrevista Serpent Rise
Por Eduardo Tristis


O Serpent Rise junto com Mythological Cold Towers e Eternal Sorrow estão entre as maiores bandas de Doom Metal brasileiras. Surgido em 93 o Serpent Rise nos enche de orgulho e não deve nada as grandes bandas do gênero como Anathema,Paradise Lost e My Dying Bride.Foram lançados algumas demos e eps e o único full-lenght da carreira Gathered By... Mesmo após passar por muitas dificuldades e trocas de formação, o Serpent Rise segue sempre vivo dentro do coração do líder e fundador da banda Agnaldo que concordou em nos conceder essa entrevista e expor seus sentimentos.

Como o Serpent Rise foi formado?
Agnaldo: Eu e o Júlio tínhamos as mesmas influências musicais e partilhávamos a mesma necessidade musical. Nós queriamos fazer uma musica que tivesse andamento lento, porém, mesclada a partes rápidas recheadas de atmosferas criadas por teclados e influencias de outros estilos não tão distantes do metal. Em janeiro de 1993, nós começamos a desenvolver algumas ideias, começamos a buscar pessoas para completar uma formação, então, ainda no primeiro semestre daquele ano conseguimos ter uma formação para gerar o que alguns meses depois seria nosso primeiro registro: "Anastenárides". O nome, inicialmente, veio sob a inspiração de uma banda, ao qual somos eternos fãs e que foi uma das criadoras do estilo, ou seja, os ingleses do Cathedral. Ao longo dos anos fomos descobrindo que havia um sentido místico para o nome e que poderia ser associado à kundalini, também, o que dá força ao nome Serpent Rise

Coloco o Serpent Rise juntamente com o Eternal Sorrow como os maiores nomes do Doom Nacional, como depois de tantos anos de estrada, vocês conseguem manter a sua sonoridade sem descaracterizá-la?
Agnaldo: Muito bem lembrado, os amigos da Eternal Sorrow iniciaram sua trajetória quase que simultaneamente a nós, mas acredito que eles funcionem mais como banda do que nós, porque os problemas com formação sempre foram e são um atraso de vida para a Serpent Rise. Eu acho que a razão para que a sonoridade, da banda, não tenha sido descaracterizada, seja porque os novos membros sempre foram apresentados a historia passada, da Serpent Rise, a musica e ao estilo no qual a banda sempre fez questão de estar inserido e isso fez com que houvesse o acréscimo de novas influencias, novas sonoridades, mas dentro do contexto doom ao qual sempre permanecemos.

Gathered By... está entre os grandes clássicos do Doom Nacional, como você se sente em relação a esse trabalho nos dias de hoje?
Agnaldo: Fazem 14 anos que este álbum foi gravado (1996) e  apesar de ter sido lançado oficialmente em 1998, no Brasil, e de forma não tão oficial na Europa, em 2000, nós nunca tivemos uma boa promoção da nossa musica e do nosso nome por parte da gravadora, porém, com ajuda da internet resolvemos disponibiliza-lo, para download gratuito, fazendo com que a nova geração tivesse acesso à esse material e para nossa surpresa sempre somos bem aceitos pelos ouvintes que além de gostar de nossa música querem comprar o CD físico...  eu me sinto altamente lisonjeado com isso!  

Como foi tem sido a recepção ao “Ep” Euphoric Waves Of Melancholy último trabalho da banda?
Agnaldo: Tão logo concluímos as gravações desse ep aconteceu uma debandada geral, dos membros, ficando apenas eu e o baixista. Eu decidi não comercializar e divulgar esse trabalho.  Mas ele pode ser encontrado, para download gratuito, em alguns bons blogs. Os comentarios, poucos, que chegaram sobre esse registro musical são positivos e isso me deixa satisfeito, porque foi uma fase da Serpent Rise que eu gostei de ter vivido.

O Serpent Rise tem feito muitos shows?
Agnaldo: Atualmente não, porque não há uma formação completa, mas para o futuro quem sabe... ! ? rsrsrs

Sempre que me deparo com fãs do Serpent Rise costumam ser de longa data e já acompanham a banda há bastante tempo, você acha que falta interesse dos headbangers mais novos em conhecer bandas mais antigas da cena?
Agnaldo: No caso da Serpent Rise, uma banda que nunca teve uma boa divulgação, eu não posso creditar culpa a nova geração, por sermos desconhecidos, até porque recebo muitos e-mails de pessoas jovens que baixaram nosso som, em algum blog, no myspace oficial, dizendo que adoraram e que querem comprar o cd físico. A nova geração está "catando" tudo o que encontra, sim, mas o que nunca mudou é a nossa mania de cultuar primeiro tudo o que vem de fora... as bandas gringas... brazuca!

Voltando ao “Ep” Euphoric Waves Of Melancholy notamos o velho Serpent Rise com algo mais moderno e uma melhor produção. As mudanças de formação ao longo dos anos foi o responsável por essa sonoridade?
Agnaldo: Eu acredito que a cada troca de formação seja natural uma banda soar diferente, até porque novos membros trazem novas influencias, novos feelings, mas como já disse antes a sonoridade da banda pode ter recebido acréscimos de influencias,porém, continua inserida dentro do contexto doom metal ao qual Serpent Rise pertence desde sua criação.

Quais foram os pontos altos e baixos da estrada do Serpent Rise até aqui?
Agnaldo: Os pontos altos foram todos os shows que fizemos de 1993 até 2008. Todos os amigos e amigas que estavam presentes nessas apresentações e que depois vinham conversar conosco.
Os pontos baixos...  não houveram nenhum!

Sempre achei que na nossa cena existem diversas bandas promissoras, mas que não obtém o apoio necessário, você acha que as gravadoras teem medo de investir no doom metal e preferem buscar estilos em maior destaque como o Death e Black metal?
Agnaldo: Bom, atualmente, com o livre acesso aos mp3, eu acho que as gravadoras estão com medo de investir em qualquer tipo de música.  Sendo assim, especificamente falando do doom, eu acredito que ninguém vai querer investir seu dinheiro lançando um álbum, de uma banda, de um estilo, ao qual o público é seleto e que não trará lucros para a gravadora. O que podemos esperar é que essas bandas promissoras começem a lançar por sí mesmas os seus álbuns...  como exemplos: A Sorrowful Dream , Scarlet Peace

Você conhece o trabalho de bandas como o Trinnity. Soturnus e M-26 que mesmo apresentando uma imensa qualidade não conseguiram gravar o seu Primeiro Full-lenght?
Agnaldo: Eu acompanho a cena doom, desde os primórdios da década de 90, então, eu já tive contato, já troquei material, já acompanhei relatos (por carta) de amigos iniciando as atividades de suas bandas e te garanto que existem bem mais bandas brasileiras que não conseguiram lançar seu primeiro álbum apesar de ter um material de qualidade e de criatividade. Especificamente falando desses três exemplos, de banda, que você citou, eu conheço, respeito e gosto muito do trabalho delas. Abro um parêntese para falar que ter dividido o palco algumas vezes com M-26, ao longo desses anos, foi uma honra tamanha e que espero um dia poder dividir o palco com Fake Twilight (nova banda de alguns membros da M-26) porque também será uma honra e um prazer imenso!

Quais são os planos futuros, existe a possibilidade de um novo álbum este ano?
Agnaldo: A serpente continua hibernando...
...enquanto eu não encontrar , aqui , pessoas (músicos) com o espírito , o conhecimento , a dedicação , a maturidade , o talento a altura que merece a banda , ou o nível dos membros, que já passaram por ela, eu prefiro deixar SERPENT RISE vivendo na lembrança de cada apreciador(a) de ATMOSPHERIC/DEPRESSIVE DOOM METAL desse planeta.

Como você compara a atual cena com a época que o Serpent Rise começou?
Agnaldo: Vou ser bem especifico, ou seja, vou falar só da “cena” doom metal. Eu acho que continua a mesma coisa! Lógico, aconteceu uma renovação de bandas, de público, porém, a carência de uma gravadora, uma revista especializada, um circulo de promotores de shows, para especificamente promover o estilo, continua fazendo com que o doom, as bandas brasileiras, fique no underground do underground e sofrendo preconceito por parte dos próprios apreciadores de som extremo.

Por fim muito obrigado por ter respondido a todas as perguntas, que o Serpent Rise possa sempre alcançar vôos mais altos, deixe um recado para os fãs e este espaço é livre para as suas considerações finais.
Agnaldo: Eu é quem devo agradecer a você Eduardo Tristis por proporcionar a mim a oportunidade de expor um pouco dos meus pensamentos e um pouco da história da minha banda... Obrigado! Para você, que teve a paciência de acompanhar essa entrevista até aqui, eu quero dizer que o underground só existe, porque você faz parte dele e o mantem vivo! Peço que continuem apoiando as bandas brasileiras comprando os CDs, demo tapes camisetas, baby looks, indo a shows, comprando os zines impressos e visitando os webzines.
Obrigado a todos...


Mandem um abraço em meu nome a todos da banda!
Obrigado.


Fotos:
http://www.youtube.com/watch?v=PW0KEydpT04

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dark Metal

DARK METAL



O que é o Dark Metal?

Dark Metal é um estilo de metal underground desconhecido e descriminado pela mídia especializada. O Dark Metal está entre os estilos que possuem maior grau de sentimento, sendo incapaz de ser compreendido por mentes despreparadas.Os temas tratados pelo estilo são fortes: loucura, depressão, suicídio e a solidão.Portanto é preciso ter critério e cuidado ao levar esse tipo de som as pessoas, pois ele não é absorvido por qualquer ouvinte. Em suma, é uma música com extremo grau de tristeza.

A música é para homens tristes; desiludidos.” (HIM).


História do Dark Metal

O Dark Metal surgiu em 1991 na Alemanha, na cidade de Grevenbroich com o Bethlehem. Nasceu nessa época à temática depressiva e suicida da banda que depois de lançar algumas demos lançou em 1994 seu debut-cd intitulado simplesmente de “Dark Metal.” Mas o nascimento do Dark Metal como sonoridade, só viria em 1995 com o lançamento de” The Silence Of December” do Deinonychus, banda oriunda da Holanda e liderada por Marco Keher, que teria papel fundamental dentro do estilo.

Em 1996, o Bethlehem horroriza a Alemanha com o álbum “Dictus Te Necare.” Um dos maiores clássicos do estilo. É um dos álbuns mais desesperados e angustiantes de todos os tempos.Na contracapa, o álbum trazia uma dedicatória as vítimas de suicídio do álbum anterior.No mesmo ano, o Dark Metal se faria presente também no excelente “The Weeping Of A Thousands Years” do Deinonychus.

Porém em 1998 o mundo se espantaria mais uma vez, quando Marco Keher do Deinonychus se juntaria ao Bethlehem no maior clássico do estilo “S.U.I.Z.I.D”.

Esse foi o embrião do estilo que apresentaria bandas como Shining Silencer e Forgotten Tomb anos depois.


POR QUE ESCUTAR DARK METAL?


Vivemos um mundo caótico e sem perspectiva. Fome, desemprego, miséria, ganância, inveja, guerra e egoísmo podem ser encontrados em qualquer parte. Esses elementos estão mais presentes na nossa vida do que se imagina. Quem que em um momento de raiva ou depressão profunda já não pensou nem que seja só por um instante em acabar com a própria vida? Qualquer indivíduo que passa por um choque ou trauma muito grande tem uma probabilidade de vir a enlouquecer. Há falta de amor e paz no mundo e um futuro melhor é uma esperança vá e tola que não depende de cada um de nós, mas infelizmente de toda a humanidade. Pense bem quem são os verdadeiros loucos? A depressão é uma constante que assola este mundo pálido e triste. A vida humana perdeu seu valor nos dias de hoje. Leia um jornal ou ligue a TV e veja o quanto o mundo a nossa volta é superficial e vazio, irá constatar o que eu digo. A depressão pode afetar qualquer um e a loucura está a nossa volta a todo o momento. O Dark metal é uma visão realista do mundo e de nós mesmos; um reflexo do mundo doentio que o homem criou para si mesmo. É um alento para as almas tristes e uma identificação para as mentes livres de dogmas hipócritas. O mundo é muito mais dor e tristeza do que alegria. O ser humano é um ser adoecido que tenta justificar sua existência com suas criações. O homem em si é uma criatura triste com alguns momentos de alegria, o que nos dá uma falsa sensação de felicidade. Não abordo isso para trazer depressão as pessoas; quem tem uma natureza depressiva não precisa de subterfúgios para aflorá-la e mentes que não são livres e estão presas a dogmas nunca compreenderão o que digo. O que foi dito aqui é apenas uma análise pessoal do mundo e você leitor é livre para concordar ou discordar dela, porém negar essa realidade é negar o mal que existe no coração do homem; é como achar que demônios e deuses existem e interferem na vida humana.

O homem é o lobo do homem”. (Hobbes)


CUIDADO! A IGNORÂNCIA DA MÍDIA ESPECIALIZADA.


Infelizmente convencionou se chamar de DARK METAL qualquer banda estranha que possua teclado, ambientes sinistros ou psicodélicos de DARK METAL. Por mais estranho que pareça é até comum ver bandas eletrônicas ou industriais serem chamadas de DARK METAL erroneamente. Não cometa este erro! DARK METAL e DARK AMBIENTE são estilos completamente diferentes. O DARK AMBIENTE possui climas frios muitas vezes ausência de vocais e é um som composto somente de ambiências, não possui peso de guitarras distorcidas, desespero, bateria nem coisas do tipo, somente atmosferas. Um bom exemplo de DARK AMBIENTE é O Each Second. DARK METAL de verdade é o som praticado por bandas como o Bethlehem, Deinonychus, Shining, e Silencer, por exemplo.

O mais triste é que grande parte da mídia especializada, principalmente a internet que deveria ajudar a esclarecer, faz justamente o contrário; informa e classifica de forma irresponsável várias bandas confundindo ainda mais os headbangers e os amantes da música depressiva. Tudo que não tem rótulo lá vem eles chamarem de Dark. É óbvio que algumas bandas se confundem e até flertam com o estilo, principalmente algumas bandas de DSBM, mas chamar bandas como; Avec Tristesse (BRA), Alastis (SUI), Thy Serpent (FIN), Lacuna Coil (ITA) de DARK METAL é um absurdo, é ridículo e uma falta de respeito!Elas nunca foram e nunca serão DARK METAL!

O verdadeiro DARK METAL tem uma linha desesperada e totalmente suicida com uma sonoridade própria que não se iguala ao black, Doom ou Gothic embora elementos desses estilos estejam presentes. Além disso é sem dúvida o mais underground dos estilos: as bandas não fazem questão de grande mídia, nem tocam em grandes festivais como o “Wacken” ou o “Ozzyfest” optando por shows em lugares isolados e undergrounds; concedem raras entrevistas quando o fazem e pouco falam de si.


Deinonychus


O Deinonychus surgiu em (Brunssum) na Holanda no ano de 1992. Seus primeiros lançamentos foram Deinonychus – Deinonychus (promo) de 1993, A Shining Blaze Over Darkland (demo) 1993 e o primeiro Full-lenght The Silencer of December – 1995. Nesses primeiros lançamentos Marco Keher fundador da banda utilizava o pseudônimo Odin Keher que abandonou no lançamento seguinte. A maioria das letras eram simples e abordavam geralmente o anti-cristianismo e a dor.O instrumental era um pouco confuso, pois nota se nitidamente que o Deinonychus procuravam uma sonoridade própria.Porém foram lançamentos muito importantes com alguns grandes momentos que deram a consistência para que o Deinonychus evoluísse em seus futuros álbuns.O que chama a atenção até aí é o nascimento de linhas vocais bem desesperadas até então nunca utilizadas por nenhuma banda que tenha se visto.Marco Keher começa a criar um estilo único que se consolidaria durante sua carreira.Era o nascimento do DARK METAL como sonoridade uma música com tamanho grau de desespero que nunca havia se visto igual.A partir daí o Deinonychus lança vários grandes álbuns se tornando um dos criadores e uma das principais referências do estilo ao lado do Bethlehem.Em 1996 é lançado Weeping of A thousands Years álbum totalmente composto e gravado somente por Marco Kehrer.Um clássico do estilo elevando a depressão a um novo nível de angústia repletos de muitos climas de teclados perfeitos e recheado de grandes solos e melodias.Em 1997 surge The Ark of Thought, um álbum ainda mais pesado e desesperado que o seu antecessor com uma boa evolução nas letras.Em 1998 Marco se junta ao Bethlehem para gravar o álbum mais ousado e perfeito de sua carreira S.U.I.Z.I.D. onde sua perfomance vocal chega a perfeição.Um abum sem igual na história do DARK METAL.Em 2000 é gravado o álbum auto-intitulado Deinonychus – Deinonychus um dos melhores álbuns já criado pelo Deinonychus:Angustiante,Deseperador,Atmosférico e sobretudo Pesado.Uma pérola sem dúvida.2002 mais um pertado é lançado; Mournument.A emoção contida neste álbum é sem precedentes, várias faixas capazes de fazer o ouvinte viajar pelo seus infernos mais profundos.Se o desespero tem um nome ele sem dúvida é Deinonychus!Em 2004 O Deinonychus lança o Ep Insomnia com Marco fazendo linha de vocais mais graves, porém contendo tanto sofrimento quanto outrora. Em 2008 temos o último lançamento até então: Warfare Machines um álbum conceitual sobre A Guerra se afastando das suas raízes musicais,nas muito pesado e bem tocado.O Deinonychus é o tipo de banda que não importa o que se faça deixa seus fás orgulhosos por tudo que representa para o underground.


Bethlehem


Jurgen Bartsch viveu uma infância conturbada de miséria; a violência em sua cidade era diária marcada pela presença da indústria pesada com suas máquinas barulhentas. Era uma cidade suja e escura onde Bartsch cresceu vendo muitos de seus amigos e amigas se suicidarem transformando sua alma doente, ele foi marcado pela juventude violenta. Em meados de 1991 ele e Klaus Matton após saírem de uma banda chamada “Dark Tempest” fundaram o Bethlehem. Porém os ensaios só começaram em março de 1992. Em setembro do mesmo ano eles lançaram sua primeira demo em 300 cópias contendo duas longas faixas. A segunda demo foi lançada em edição de 666 cópias em março de 1993. Ela também foi lançada como um “Ep” intitulado “Thy Pale Dominion” em agosto de 1993 numa edição de 1000 cópias, 300 em vinil vermelho e 700 em vinil preto. Todas as “demos” e “Eps” foram completamente vendidos fora. Em agosto ainda também lançaram 150 cópias de um especial limitado “Live-Video-Box, raridade nos dias de hoje”. Seu Debut-cd intitulado “Dark Metal” foi Lançado em maio de 1994 pela Adipocere Records contendo 10 faixas totalizando um total de 70 minutos. Bethlehem sempre foi uma banda de ousadia seja em suas letras ou em suas atitudes. No decorrer de sua carreira o Bethlehem nunca foi uma banda que gostou de fazer muitos shows e quando o fez optou por fazê-lo com bandas underground e em lugares nada convencionais como: açougues abandonados, lugares esquecidos, catedrais e fábricas esquecidas. Porém o número de pessoas que machucava seu próprio corpo começou a aumentar e uma garota quase se suicidou em sua cidade; o que fez com que a prefeitura local os impedisse de tocar ao vivo e acabou lhes custando o ódio da polícia. Em 1996 o Bethlehem horroriza a Alemanha lançando “Dictus te Necare”, um dos maiores clássicos do estilo até hoje. Este é talvez o álbum mais desesperado e angustiante de todos os tempos; considerado por muitos fãs o melhor da discografia do bethlehem. Na contracapa este álbum ainda trazia uma dedicatória às vítimas de suicídio do álbum anterior. Pórem o mundo se espantaria mais uma vez, quando Marco keher do Deinonychus se juntaria ao Bethlehem para mim no maior clássico do Dark Metal “S.U.I.Z.I.D”. Esse álbum dispensa comentários. Sua sonoridade fala por si,transmitindo a loucura e a angústia profunda em forma de música.Ainda em 1998 tivemos o “Ep” Reflektionen auf's Sterben e em 1999 outro “Ep” Profane Fetmilch Lenzt Elf Krank, muito bom este último por sinal.O próximo álbum Schatten aus der Alexander Welt foi conceitual e trouxe mudanças tanto no line-up quanto na sonoridade perdendo o desespero de outrora.Mais ainda assim é bastante melancólico.Mas “Eps” são lançados em 2003 é a vez de Suicide radio e 2004 temos Alles Tod. Neste mesmo ano eles apostam em uma sonoridade diferente e lançam o maravilhoso “Mein Weg” um álbum de uma grande beleza e musicalidade enxarcerbada. O Bethlehem ainda é capaz de levar o ouvinte aos mais variados infernos astrais. Após um hiato de 5 anos nas sombras o Bethlehem lança dois splits em 2009 e ganha a luz do dia “A Sacrificial Offering to the Kingdom of Heaven in a Cracked Dog's Ear” que nada mais é do que uma regravação do álbum S.U.I.Z.I.D com o novo vocalista Niklas Kvarforth que felizmente já não faz mais parte do Bethlehem.Foi uma aposta equivocada que não deu bons frutos.Regrava-se um álbum quando a qualidade da época que o original foi gravado eram ruins e os recursos eram poucos.Mas este não é o caso de S.U.I.Z.I.D que conta com uma gravação excelente e uma produção muito boa.Já é um álbum perfeito em todos os sentindos,A regravação de S.U.I.Z.I.D só teve a perder.E Niclas Kvarforth não merece estar no Bethlehem,ele não está à altura de tal feito.Ele envergonha a cena e merecia estar fora dela.Esperamos que um futuro trabalho com Jonathan Théry (Ataraxie, Funeralium, Hyadningar, Despond) que atualmente também integra o Bethlehem possa nos fazer esquecer este último fiasco.O Bethlehem sempre será uma banda polêmica.Ame ou Odeie!